- 35 milhões de pessoas no Brasil não têm água potável
- Brasil tem 12% da água do planeta
- 50% das pessoas no mundo subdesenvolvido consomes água poluída
Como ouvimos desde as primeiras aulas de Ciências, “a água é a condição fundamental para a vida na Terra”. Mesmo sabendo dessa importância vital, o ser humano parece que não está cuidando como deveria dessa substância.
Quase 98% da água total do planeta são provenientes dos oceanos. As calotas polares e geleiras representam 2%. Água doce de lagos, água salgada de lagos, água misturada no solo e vapor d’água fecham essa conta.
Desse total, somente 2,4% são de água doce e 0,02% está disponível em lagos e rios que podem abastecer cidades para o consumo.
Para complicar ainda mais a situação, desse ínfimo percentual, grande parcela está poluída.
O quadro é desafiador. A ONU acredita que até 2050 aproximadamente 45% da população mundial não terão a quantidade mínima de água para consumir.
Vale destacar que a situação atual não é nada animadora também. No chamado mundo subdesenvolvido, cerca de 50% da população consome água poluída. No planeta inteiro, pelo menos 2,2 milhões de pessoas, principalmente crianças com menos de 5 anos de idade, morrem todos os anos em decorrência de água contaminada e sem tratamento.
35 milhões sem água potável
Nesse cenário desafiador, especialmente no Brasil, onde 35 milhões de pessoas não têm acesso à água potável, a PWTech tem uma proposta interessante. Criada com o objetivo de transformar água contaminada em água potável, a empresa tem parcerias com a Universidade Federal de São Carlos e realiza trabalhos para governos e entidades humanitárias, como a ONU.
Vale lembrar que essas 35 milhões de pessoas moram no país que detém 12% de toda a água do planeta.
“O PW 5660 trabalha com energia elétrica, solar, éolica, do gerador etc. Ele consegue funcionar até a partir das baterias de carro e moto. Essa capacidade de trabalhar com vários tipos de energia é muito interessante. Ele consegue distribuir até 6 mil litros de água potável por dia. Mais de 200 pessoas podem ser beneficiadas por equipamento”, disse Fernando Silva, CEO da PWTech.
O PW 5660, no entanto, não trata qualquer tipo de água. Precisa ser água doce, como de rio, chuva e açude. Porém, novas versões estão sendo desenvolvidas para tratar águas com metais contaminantes e sais.
O CEO da PWTech lembrou que na agricultura e pecuária tudo é rastreável, até por causa da importância que o consumidor passou a dar para o caminho que determinado produto percorreu até chegar a sua casa. Isso não acontece com a água, por exemplo. E como estamos fazendo parcerias com startups desse segmento, eu acho que rapidamente vamos crescer no agronegócio”, diz.
Vendas para governos e ONU
“Nossa primeira grande venda para a ONU foi financiada por um fundo japonês e que mandaram equipamentos para o IBAMA e ICMBio (Instituto Chico Mendes), que dispõe de brigadistas em parques federais e na própria floresta amazônica para apagar incêndios. E onde eles trabalham não há água para beber. Com o equipamento, eles podem continuar a jornada deles e aproveitam uma água de chuva, rio e lago para fazer uma água potável para consumo próprio”, explica o executivo.
E o trabalho da PWTech não se restringe ao Brasil. Recentemente, eles foram chamados para fornecer o PW 5660 para a Ucrânia. “Colocamos 50 equipamentos dentro de um avião da FAB. Isso, hoje, fornece água potável para mais de 10 pessoas na Ucrânia”, conta Fernando Silva.
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